BIBLIOTECA


Ponto de Leitura "Maria Jucicleide".

Desde de 2009 a biblioteca comunitária do conjunto João Paulo II, possibilita novas formas e  metodologias que possa estimular e tornar a leitura mais prazerosa, entre as crianças, jovens e adultos, que vem até a entidade em busca de novas formas de compreender esse universo dos livros.   




Na educação formal, observamos que grande parte das crianças e jovens moradores do conjunto João Paulo II e adjacências, apresentam dificuldades na escrita e na leitura, mesmo estando em contato diário com a escola cursando uma série que consideramos avançada diante de suas limitações,  partimos nossos corações em saber que as idades dos jovens está atrasada para um futuro mais promissor em vista do que o Brasil oferece diante dessa desestimulante democracia. 

É preciso que a sociedade acorde desse pesadelo chamado violência, pois somos culpados pelo o seu aumento e alimento, quando, mesmos sujeitos passivos de tais brutalidades que presenciamos  nos noticiários, nos tornamos omissos com medilcres olhares, em quanto estivermos percebendo que uma criança tem vergonha de ler em publico, eu terei vergonha de mim mesmo, imaginem ,o que sentimos pelo o nosso pais. 

JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO

Partindo de uma concepção antropológica, que compreende o ser humano como um sujeito de relação que constrói de forma individual e coletiva a sua própria existência, Freire define a educação como instrumento que instiga os sujeitos históricos a desenvolverem as suas potencialidades criadoras. Nesse sentido, diz que “em todo homem existe esse ímpeto criador. O ímpeto de criar nasce da inclusão do homem. A educação é mais autêntica quanto mais desenvolve este ímpeto ontológico de criar”. (FREIRE, 2005, p.32)
Nessa perspectiva Freireana que é também compartilhada por Apple (2001; 2006) e Giroux (1983; 1997), entende-se que a educação possui duas dimensões: a imanência e a transcendência. Quanto à primeira dimensão, o processo educativo parte da cotidianidade do sujeito e reflete a sua situação existencial, explicitando as dificuldades que o obstaculizam de efetivar a sua vocação ontológica que é ser um sujeito pleno na medida em que desenvolve as dimensões da sua vida, como os aspectos afetivos, cognitivos, sociais, políticos e culturais. Por outro lado, a educação é também transcendência, porque impulsiona o ser social a ir além dos condicionamentos que lhes impede de promover a sua emancipação enquanto sujeito social, instigando-os a lutar pela sua liberdade.
Defendendo essa concepção de educação, Freire (1996) e os demais autores opõem-se à educação bancária[1] devido ela impossibilitar o ímpeto criador do ser humano e se posicionam a favor de propostas educativas emancipadoras.
De acordo com essa idéia, compreende-se a formação dos educandos promovida pelo o maracatu kizomba como um processo que lhes permite admirar (ver de dentro, analisar e problematizar criticamente) o mundo vivido por eles, tendo como objetivo basilar promover a sua criatividade e autonomia no contexto social em que se encontram. 
Entende-se que essa definição de formação seja bem sintetizada por Freire ( 2006, p.112) quando a considera como aquela prática educativa em que os educandos mergulham no mundo em que vive para desvendá-lo, modicando-o para a construção da sua relativa liberdade. 
Em consonância com esse pensamento, considera-se ainda a formação dos educandos na sociedade da informação como um processo que lhes permite tornar-se um ser humano crítico, criativo, criador e competente para “refletir, avaliar e reformular dialogicamente” (ABRAMOWICZ, s/d p.138) o seu contexto social.
Do diálogo estabelecido com os autores supracitados, adota-os como substrato teórico do Projeto Kizomba: educação e cidadania. Este torna-se relevante, porque  relaciona as atividades escolares com os saberes da comunidade por meio dos eixos  Atividades pedagógicas, Cultura e arte, Esporte e lazer e Inclusão digital, garantindo a participação da comunidade  e dos alunos na construção do seu conhecimento, entendido como tessituras de saberes de dimensões afetivas, cognitivas, sociais e culturais que se fundem como ferramenta de transformação social.  

Nessa direção é que a Associação Cultural Maracatu Kizomba, visa ainda construir parcerias com empresas, envolvendo-as no processo educativo, pois como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990) é dever do Estado, da família e da Sociedade civil garantir o pleno desenvolvimento desses sujeitos sociais.


[1] Sobre a concepção bancária da educação, Freire (2006) a caracteriza da seguinte forma: a relação educador-educando se funda na explanação e narração de conteúdos; o educador é o transmissor dos conhecimentos considerados validados pela cultura oficial; os educandos memorizam mecanicamente os conteúdos que são descolados do seu contexto sócio-histórico e cultural.

Trocar a arma por um livro é fácil! o difícil é faze-lo ler e compreender todo o conteúdo de forma plena e encanto .

maracatukizomba@hotmail.com